Tecnologia e normas de gênero: contribuições para o debate da bioética feminista
Resumo
Este artigo de revisão tem como objetivo contribuir para o debate sobre a Bioética Feminista por meio de duas abordagens: primeiramente, busca situar a discussão teórica sobre a questão da tecnologia e o sistema sexo/gênero no campo dos estudos feministas. Em uma vertente dominante até os anos 1970, estes estudos enfatizam a análise dos dispositivos específicos de regulação (legais, institucionais, militares, educacionais, sociais, psicológicos e psiquiátricos) que dominam os corpos e constroem gêneros. Em outra vertente, posterior aos anos 1980, as tecnologias de gênero são compreendidas por meio de uma concepção produtivado poder, a partir da reiteração e da repetição de normas, particularmente, da matriz heterossexual (que constitui, a um só tempo, a dominação masculina e a exclusão da homossexualidade). A partir da apresentação e do cruzamento destas teorias, é abordado, em segundo lugar, o problema das normas de gênero e tecnologia em dois casos: o das novas tecnologias reprodutivas e o da regulamentação das transformações corporais na transexualidade.
Palavras-chave:
Bioética Feminista, Gênero, Transexualidade, Novas tecnologias reprodutivas, Medicalização, Bioética, Feminismo, Direitos Humanos e saúde
Como Citar
1.
Corrêa MCDV, Arán M. Tecnologia e normas de gênero: contribuições para o debate da bioética feminista. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 6º de julho de 2009 [citado 3º de dezembro de 2024];16(2). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br./revista_bioetica/article/view/67