Trabalho doméstico e emprego doméstico: atribuições de gênero marcadas pela desigualdade

Autores/as

  • Dora Porto Conselho Federal de Medicina

Resumen

Este artigo decorrente de pesquisa volta-se ao campo da bioética social aplicada à saúde coletiva, e levanta a discussão sobre as características do trabalho doméstico, milenarmente
exercido pelas mulheres, estabelecendo a relação entre esta atividade e a profissão de empregada doméstica. A condição de vida das mulheres, em geral, e as relações trabalhistas a que estão submetidas aquelas expostas ao emprego doméstico são discutidas à luz da bioética social, especificamente pela Bioética de Intervenção, enfatizando o jogo de forças que mantém essas relações de poder. São apontadas as conseqüências dessa situação em termos de saúde e adoecimento, principalmente para os segmentos mais pobres, concluindo que no Brasil a desigualdade no acesso à qualidade de vida é decorrência da sistematização da injustiça de gênero, cor e classe social.

Palabras clave:

Discriminação, Gênero, Racismo, Desigualdade de classe, Trabalho doméstico, Empregada doméstica

Biografía del autor/a

Dora Porto, Conselho Federal de Medicina

antropóloga, especialista em bioética e doutora em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (UnB), assessora da Rede Latino-Americana e do Caribe de Bioética da Unesco e 3ª vice-presidente da Sociedade Brasileira de Bioética – SBB (2007-2009).

Publicado:

2009-07-06

Cómo citar

1.
Porto D. Trabalho doméstico e emprego doméstico: atribuições de gênero marcadas pela desigualdade. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 6 de julio de 2009 [citado 23 de noviembre de 2024];16(2). Disponible en: https://revistabioetica.cfm.org.br./revista_bioetica/article/view/74