Bioética e gênero: moralidades e vulnerabilidade feminina no contexto da Aids
Resumen
A modificação do perfil epidemiológico de gênero da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Aids) caracteriza-se pelo aumento da epidemia entre as mulheres, principalmenteentre aquelas que se encontram em relacionamentos estáveis. Para elas, a principal causa de exposição ao risco ultrapassa os determinantes epidemiológicos tradicionalmente considerados pelos formuladores de políticas públicas de saúde. Esta causa está intimamente relacionada às moralidades vinculadas à conjugalidade, à crença na segurança das relações estáveis, que se revela o fator que mais intensamente as expõe a um permanente estado de vulnerabilidade. A confluência entre valores morais, identidade de gênero construída socialmente e o processo de atenção à saúde feminina, transforma as mulheres nessa situação em escravas do risco. Diante dessa realidade, as políticas de promoção à saúde necessitam considerar as crenças morais ligadas às relações afetivo-sexuais como principal fator de exposição ao risco de contrair a doença.
Palabras clave:
Bioética, Gênero e saúde, Moralidades, Vulnerabilidade, Risco, Mulheres, Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
Cómo citar
1.
Guilhem D, Azevedo AF. Bioética e gênero: moralidades e vulnerabilidade feminina no contexto da Aids. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 6 de julio de 2009 [citado 21 de noviembre de 2024];16(2). Disponible en: https://revistabioetica.cfm.org.br./revista_bioetica/article/view/70