Morte e morrer na formação médica brasileira: revisão integrativa

Autores

Resumo

A fim de descrever como a morte e o morrer são abordados na graduação médica no Brasil e suas repercussões para estudantes, realizou-se revisão integrativa de publicações ocorridas entre 2008 e 2019, resultando na seleção de 36 artigos. Identificaram-se dificuldades na abordagem do tema relacionadas ao modelo biomédico de formação, à organização dos currículos e à formação dos professores. Estas afetam os estudantes, trazendo sofrimento psíquico e prejudicando o processo de formação. Poucos currículos abordam aspectos psicossociais relacionados à morte e ao morrer, sendo frequentemente abordados com carga horária insuficiente, métodos inadequados ou como atividades extracurriculares. Propostas de solução apontam a necessidade de investimentos em cuidados paliativos na graduação. Conclui-se que essas temáticas precisam ser mais bem contempladas nas Diretrizes Curriculares Nacionais de cursos de medicina, de modo a garantir uma formação mais humanitária, pautada em
princípios éticos, e que prepare estudantes e profissionais para lidar com situações de terminalidade.

Palavras-chave:

Educação médica. Morte. Saúde mental.

Como Citar

1.
Melo VL, Maia CQ, Alkmim EM, Ravasio AP, Donadeli RL, de Paula LOE, et al. Morte e morrer na formação médica brasileira: revisão integrativa. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 6º de julho de 2022 [citado 24º de novembro de 2024];30(2). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br./revista_bioetica/article/view/2995