El medico y la investigación clínica
Resumo
Ao empreender estudos clínicos os pesquisadores biomédicos se comprometem a proteger sujeitos de pesquisa dos riscos da investigação, mas, ao mesmo tempo, se desligam de todaobrigação por seguir cuidando o paciente, segundo os cânones da ética clínica. Para o médico que ministra tratamento isso significa deixar de oferecer a estes pacientes os máximos benefícios terapêuticos, já que na pesquisa, possivelmente, seja suspensa a terapia de rotina, se recorra a dosagens insuficientes de medicamento, a placebos, a cuidados despersonalizados, somando os riscos do estudo aos inerentes à enfermidade. Co-investigar em um protocolo ou aconselhar que seus pacientes sejam recrutados será conflitante para o médico que ministra tratamento, a menos que se trate de estudo terapêutico com expectativas diretas de benefício médico para os participantes. Em estudos não-terapêuticos o médico cria uma tensão na relação de confiança com o paciente ao recomendar-lhe o ingresso em uma pesquisa na qual os cuidados médicos que recebe devem ficar em segundo plano, frente ao rigor científico, situação especialmente delicada se o paciente é incompetente para tomar uma decisão informada. Médicos e pacientes podem entender
erroneamente, ou serem ambiguamente informados, sobre os supostos benefícios terapêuticos do estudo, caindo na falácia terapêutica. É erodida, assim, a distinção entre estudo terapêutico e nãoterapêutico, sugerindo que o consentimento livre e esclarecido a um protocolo só é terapêutico em aparência.
Palavras-chave:
Ética clínica, Ensaios terapêuticos, Falácia terapêutica
Como Citar
1.
Kottow M. El medico y la investigación clínica. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 3º de julho de 2009 [citado 4º de dezembro de 2024];15(2). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br./revista_bioetica/article/view/43