A Ordem Médica e a desordem do sujeito na formação profissional médica.

Resumo

Este trabalho teve como objetivo investigar a construção da identidade profissional de médico, considerando a diversidade de relações envolvidas nesse processo, em particular a relação médico-paciente, dentro da problemática da “desumanização da medicina”. Adotando como referência a noção de habitus, tal como formulada pelo sociólogo Pierre Bourdieu e as noções de “identificação” e de “mecanismos de defesa” da teoria psicanalítica, buscamos investigar os mecanismos sociais e psíquicos envolvidos na construção da identidade médica, por meio da análise do processo de internalização e exteriorização dos elementos que caracterizam o “ser médico” durante sua formação profissional em medicina. Revelou-se a existência de mecanismos institucionais que anulam a subjetividade do aluno, desorganizam sua identidade pessoal e exigem dele condições impossíveis de serem correspondidas na prática, obrigando o estudante a lançar mão de mecanismos de defesa que o impedem de viver relações saudáveis com o outro. 

Palavras-chave:

Identidade médica. Sofrimento e formação médica. Mecanismos institucionais. Habitus médico. Discurso médico.

Como Citar

1.
A Ordem Médica e a desordem do sujeito na formação profissional médica. Rev. bioét.(Impr.). [Internet]. 27º de dezembro de 2011 [citado 21º de novembro de 2024];19(3). Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br./revista_bioetica/article/view/647